Acompanhou-se nos últimos anos um aumento gradativo da população idosa no Brasil, bem como da sua expectativa de vida. Estima-se que 2020 o Brasil seja o sexto país no mundo em número de idoso e a expectativa de vida desta população ultrapasse os 78 anos.
Cabe salientar que a idade cronológica não é um marcador preciso para as mudanças que acompanham o envelhecimento, porém há uma preocupação com alguns fatores que ameaçam a qualidade dessa longevidade, como doenças que reduzem a independência e funcionalidade do idoso, além da perda da rede social e familiar.
Como o envelhecimento é inerente ao ser humano, deve-se torná-lo uma experiência positiva com oportunidades contínuas em saúde, participação e segurança, tripé importante nesta fase da vida.
O envelhecimento ativo é um meio de oportunizar que esse tripé, saúde, participação e segurança, aconteça com um objetivo maior de melhorar sempre a qualidade de vida, permitindo que as pessoas percebam seu potencial para bem estar físico, mental e social.
Algumas doenças são comuns nessa faixa etária e podem reduzir níveis de autonomia e independência dos idosos, como: cardiopatias, hipertensão, derrame, diabetes, câncer, artrites, artroses, doenças mentais como Alzheimer e outras demências.
A participação em exercícios físicos regulares e moderados podem retardar os declínios funcionais, além de reduzir o aparecimento de certas doenças. Quando o idoso participa de programas de exercícios físicos pode reduzir em torno de 25% as cardiopatias já diagnosticadas. Ainda pode proporcionar melhoras na saúde mental e consequentemente promover contatos sociais. Além disso, tem efeito terapêutico em certas demências, como Alzheimer, pois retarda os declínios na aptidão motora e cognitiva, comuns neste tipo de doença.
O exercício físico em geral torna-se um fator de proteção para saúde, pois seus benefícios atuam nos aspetos físicos, psicológicos e sociais. A recomendação que o idoso participe de pelo menos 150min semanais de atividades moderadas, como exercícios de resistência muscular, caminhadas, exercícios funcionais, alongamentos e atividades recreativas como danças, jardinagem, trabalhos manuais. Esses exercícios devem ser acompanhados e orientados por um profissional de educação física.
Caminhadas e exercícios aeróbicos agem diretamente no sistema cardiopulmonar do idoso, proporcionando um melhor funcionamento do coração e todo sistema circulatório e respiratório. Já os exercícios de resistência muscular aumentam a força e resistência dos músculos reduzindo número de quedas e fraturas comum nessa faixa etária. Os exercícios funcionais são específicos para manter níveis de independência diante das atividades básicas de vida e os alongamentos produzem maior amplitude articular.